21 de julho de 2009

Vou falar de lixo...

Quem não se lembra da carismática Margarida Silva falar sobre o seu aquário de minhocas, onde depositava os seus resíduos?

Pois o tratamento de resíduos está mesmo a evoluir nesse sentido. Há cada vez mais projectos-piloto, agora que deixaram de ser piloto e passaram a uma escala industrial, que adoptam este sistema de tratamento. É bastante interessante verificar que efectivamente funciona.

Depois de Palmela (Setúbal), onde se intalou um centro de experimentação e da unidade de vermicompostagem da Associação de Municípios do Vale do Ave (Amave), em Famalicão, surge agora um projecto para os Açores.

"Esta solução permite reciclar cerca de 80 por cento dos resíduos urbanos indiferenciados graças ao trabalho das minhocas que digerem toda a matéria orgânica, transformando-a em húmus. Desta forma, permite reciclar os plásticos, metais e vidro que ficam limpos após a acção das minhocas. (...)

Para além das vantagens ambientais, esta solução também apresenta custos relativamente baixos face às outras tecnologias disponíveis no mercado, uma vez que grande parte do trabalho é realizado pelas minhocas (...)"

Constata-se que efectivamente o produto final (vulgo húmus) apresenta uma qualidade superior ao composto produzido em Centrais de Compostagem convencionais, devendo isto essencialmente à co-digestão das minhocas e ao seu carácter bioacumulativo, ou seja, tudo o que sejam metais pesados, são assimilados pelo animal, tornando o próprio animal tóxico... a consequência disto é que a minhoca a dado ponto pode ser considerado como um resíduo perigoso.

Uma tecnologia ou método, chamam-lhe o que acharem mais apropriado, que ganha cada vez mais espaço no mercado, tanto nacional como internacional!

Sem comentários: