10 de julho de 2009

A Carneirada

Às vezes ponho-me a sonhar acordada e entro numa qualquer historia infantil.

Na primeira página, deparo-me com um rebanho de carneiros, (ou ovelhas, tanto dá, ambos balem!).

Vão todos em fila, a pastar, a percorrer longos caminhos, prados verdejantes, cheios de flores amarelas, roxas, e uma ou outra vermelha que se sobressai.

Vão todos em bando, todos sincronizados. Levantam-se às 7h30, às 9h00 tem de estar a pastar, o pastor encaminha o rebanho, o cão controla para nenhum se perder ou "sair dos eixos", pastam, fazem "méee, méee", do outro lado um outro bale e responde "méee, méee" e por ali andam...

Sempre no mesmo, sempre em bando, sempre em fila, todos os dias! Ao final do dia voltam para o seu sitio, (seja ele qual for) dormem, comem mais qualquer coisita, fazem uns cocós que parecem bolotas e no dia seguinte, à mesma hora, fazem exactamente o mesmo. Dias e dias sem conta!

No meio da carneirada, às vezes, há lobos! Lobos estes que vestem a pele dos carneiros e conseguem enganar o pastor e os próprios cães. Ora esses lobos, malandros, espertos e implacáveis, camuflam-se atrás da pele de carneirinho "querido" e conseguem entrosar-se no rebanho. Quando apanham um carneiro mais a jeito... Pimba, que já eras!

Ninguém se apercebe. Todos olham para aquele carneirinho, como sendo mais um, no meio da carneirada...

Até faz méee méee, anda no rebanho como todos os outros, faz o que todos os outros fazem, parece um carneiro. Porque raio não há-de o ser??

O rebanho diminui e não se percebe muito bem porque é que isto acontece! Não passa pela cabeça de ninguém, que aquele carneirinho, tão querido, seja sim, um lobo voraz e esperto, com a capa de um carneiro!

Moral da história: (...)

Sem comentários: