15 de janeiro de 2009

Eis a Solução!


O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que se diz.
Então a minha questão é: Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a auto-estima e torna-nos uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta.
"Não quer?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então, foda-se!"

O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?

"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática.

No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!", tão pouco ou nada eficaz ou o já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.
Outros palavrões igualmente clássicos:
Analisem a sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", expressos mesmo assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o tempo para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar a resposta certa ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
Seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"

Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não pára de crescer, os impostos de aumentar, a saúde, a educação e … a justiça são "más", os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”
Então em jeito de resumo, aqui segue a solução para o nosso problema:
Liberdade,
Igualdade,
Fraternidade
e, claro
foda-se!!!
Não desesperem: Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”

3 comentários:

Aanninha disse...

diria que este post é do caralho:)

Cat disse...

como boa rapariga que sou foi assim que eu li o post:
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "PIIII" que se diz
Então a minha questão é: Existe algo mais libertário do que o conceito do "PIIII"?
O "PIIII" aumenta a auto-estima e torna-nos uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta.
(...)
aqui segue a solução para o nosso problema:
Os bons empresários de pequenas Start Up's
e, claro
PIIII!!!

Não desesperem: Este país … É “um país do PIIII!”

Aanninha disse...

lá vem esta armada em fina:)