20 de dezembro de 2008

As gaijas...

As gaijas…

Se as contarmos não dá conta certa, mas como se mede algo que não é mensurável? Ou se pesa o que já está em equilíbrio? Qualificá-las também não é tarefa fácil, muito menos em poucas linhas, é missão árdua e delicada para a qual não sei se estou à altura. Mas é sem dúvida honroso.

As gaijas…

Eu penso que o segredo está no “s”, no plural, no conjunto heterogéneo de gostos e feitios que lhes dá uma personalidade muito própria. Individualmente, são pessoas especiais, mas em conhunto têm a capacidade de mudar e marcar a vida dos que as rodeiam.

Não foi propriamente fácil conciliar e conservar estas amizades durante tanto tempo, principalmente quando passaram por momentos penosos ou enfrentaram dissabores e até alguns conflitos. Mas a verdade é que passado este tempo todo, elas continuam a prezar os reencontros e a sentir a separação.

As gaijas…

Há duas maneiras de passar pela vida, discretamente e sem riscos ou desilusões, aceitando apenas as diferentes fases previamente estipuladas, ou então, abraçar as peripécias do destino sem medo ou arrependimento, vivendo e saboreando um dia de cada vez. As que escolhem este ultimo caminho são as que marcam e há algo que elas nunca podem duvidar; uns podem dizer “Quem? Aquelas barulhentas que nunca se calam? Então, não sei…” e outros “As gaijas? Claro que sim. No bar a jogar cartas, nas festas sempre divertidas e nos brindes, nas reuniões com iniciativas e ideias engraçadas… lembro bem; ainda as vejo de vez em quando”. Os mais chegados dirão “são muito fixes… boas amigas, gosto muito delas todas mas no meio delas sozinho… porra!!! Não há pachorra…”; haverá sempre umas a dizer “Aquelas p…” e claro, eles “Lembras-te daquelas gaijas! Era cada gata. Não tás a ver?!? Olha, deves andar cego, eu lembro-me e bem”. De uma forma ou de outra tenho a certeza que despercebidas não passaram.

Nunca se esqueçam disso.
Beijinhos,
Miguel Rangel, O “gaijo”

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